Se você está aqui é porque talvez tenha tido algum problema com a impressão do seu material, ou apenas porque quer se assegurar de que seu projeto irá sair exatamente da forma como você planeja. Então, vamos conhecer um pouco mais sobre o mundo das cores?
Sistemas de Cores
Primeiro, e mais importante, é necessário entender sobre os diferentes padrões de cores existentes. Cada tipo de suporte terá um sistema de cor diferente (um suporte eletrônico, com tela, terá um sistema de cores específico, enquanto um suporte impresso, de papel, por exemplo, terá outro). Aqui estão apenas os principais em utilização no mercado de design gráfico e impressão, embora existam outros padrões de cores:
RGB: Esse sistema de cores é o utilizado em telas eletrônicas (computador, celulares), baseado em três cores primárias R (red, vermelho em inglês), G (green, verde em inglês) e B (blue, azul em inglês). Cada cor primária pode variar num grau de 0 a 255.
CMYK: Já esse sistema é o regular em processos de impressão, ele utiliza das cores primárias: C (Ciano), M (Magenta), Y (yellow, amarelo em inglês) e K (key, chave em inglês, o K representa o preto, pois é considerada a cor-chave do processo CMYK). Sendo assim, cada cor se tornará uma tinta no processo de impressão, que poderão ser misturadas para alcançar inúmeras outras cores. Cada cor primária pode variar num grau de 0% a 100%.
PANTONE®: A PANTONE® é uma empresa estadunidense famosa por criar os livros de cores mais famoso do mundo. Nesse padrão, não existem cores primárias, sendo assim, cada cor é única e independente. Existem variações de livros de cores para cada aplicação, como por exemplo, para materiais metalizados, para móveis, materiais com brilho e sem brilho. Em etiquetas e rótulos da Eco System, quando é necessária uma cor especial, é utilizado o livro de cores Solid Coated. Você pode conferir as cores PANTONE também nesse site. As cores PANTONE são chamadas de cores especiais, pois são poucos projetos gráficos que as utilizam (e especialmente utilizadas para reforçar o branding da marca) e podem também ser utilizadas em conjunto com outras cores CMYK.
Então, como é formada toda a variação de cores nos padrões CMYK e RGB?
As quase infinitas outras cores além das primárias são criadas utilizando quantidades e porcentagens diferentes das cores primárias. Por exemplo, para se criar um vermelho escarlate no sistema RGB se utiliza: 255 de Red, 36 de Green e 0 de Blue. Já no sistema CMYK, a mesma cor é criada com essa fórmula: 100% de Y, 86% de M e 0% de C e K.
Sendo assim, em processo CMYK, as tintas das cores primárias são misturadas, de forma a se atingir a gama de cores pretendida.
Já que o padrão em telas é RGB, como posso visualizar minha impressão que será CMYK ou PANTONE?
Os softwares gráficos, como o Corel Draw e Adobe Illustrator, incorporam filtros que simulam como seria a impressão em CMYK ou PANTONE, que se aproximam de como será a impressão da imagem. Embora crie uma simulação de como as cores ficam na impressão, podem ocorrer pequenas variações no processo final, o que é normal no processo gráfico. É dever de quem está produzindo o material atingir a cor mais próxima da intencionada por quem ativou o serviço de impressão. E se o material foi inicialmente criado em RGB, deve ser transformado em CMYK, com todos os ajustes apropriados para atingir o resultado mais próximo.
Uma arte gerada em RGB sem a conversão apropriada para CMYK será impressa mais ou menos assim:
Além disso, a visualização na tela fica bem próxima da impressão quando o monitor está calibrado, neste artigo da ColorPixel você pode entender melhor como funciona. Mas, é importante compreender que para um designer, ilustrador ou arte-finalista, a utilização de um monitor profissional e calibrado evitará retrabalhos e permitirá uma melhor visualização do projeto.
Por que as cores parecem tão mais mais claras na tela do que quando são impressas?
Por um motivo muito simples: qualquer dispositivo digital é alimentado por luz atrás da tela, do próprio dispositivo, já os impressos são iluminados pela luz do ambiente. Para tirar a prova dentro de dispositivos digitais, é só diminuir e aumentar o brilho da tela, então a cor mudará bastante com a variação de brilho. Por isso, é interessante diminuir um pouco do brilho da tela para uma melhor sensação da impressão, além de reforçar a necessidade da calibração do monitor.
Veja como o brilho da tela pode alterar a visualização da cor:
Como manter a consistência da minha marca se as cores podem variar a depender do suporte?
É importante que no desenvolvimento da identidade visual da sua marca, o designer conheça bem os sistemas de cores e prepare sua marca nesses principais sistemas, para que tenha tons próximos em qualquer suporte que seja exibido.
O poder da amostra
Uma maneira mais assertiva de assegurar que a cor do seu impresso será fiel, é enviando à gráfica de sua escolha uma amostra de qualquer impressão que você já tenha feito. Assim, a gráfica terá um referencial real de cor, e poderá calibrar o maquinário e as tintas para atingir o resultado esperado.
Impressão de Teste
O bom senso e a informação continuam sendo as melhores opções na avaliação das possibilidades de reprodução de cor nos processos gráficos. Aqui na Eco System, os monitores do setor de arte são calibrados para que possamos entregar o melhor resultado de impressão em etiquetas e rótulos, trabalhando sempre em conjunto com você e pensando no seu cliente.
Links úteis:
Os limites da reprodução de cor na impressão digital.
Why Colors Look Different on Screen vs When Printed
E aí, já tá pronto para mandar sua arte para impressão? Continue ligado no nosso blog para mais dicas sobre etiquetas e rótulos! 🙂